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Como a IBM quer usar um supercomputador para combater o câncer.

A IBM tem em suas mãos o supercomputador Watson, que a empresa promete ser capaz de fazer praticamente tudo (ele já foi usado até para cozinhar). A nova proposta parece ser efetivamente útil: usar sua capacidade enorme de processamento para ajudar a combater o câncer. A empresa está abrindo a possibilidade de que institutos do combate ao câncer nos Estados Unidos possam sequenciar o genoma de tumores malignos aproveitando a capacidade do Watson. Assim, também seria possível acessar as informações médicas mais relevantes para indicar um tratamento adequado. Na fase inicial do programa, o Watson será usado para analisar os dados genômicos de pacientes que estão lutando contra vários tipos de câncer: linfoma, melanoma, e câncer pancreático, ovariano, cerebral, pulmonar, de mama e colorretal. Caso os tratamentos mais comuns (cirurgia, quimioterapia e radioterapia) tenham falhado com estas pessoas, elas terão a possibilidade de tratamentos de isolamento que miram especificamente as mutações que causam o câncer. A IBM tem a colaboração de grandes institutos americanos, graças aos quais será possível para médicos utilizar o Watson para auxiliar no tratamento de pacientes ainda neste ano. Os médicos dizem que a vantagem de um supercomputador é poder reduzir o tempo de processamento do código genético significativamente. A IBM diz que o genoma de uma pessoa equivale a 1,5 bilhões de caracteres de texto, o que também se assemelha a 10.714.286 tuítes. E, quando se fala de câncer, tempo faz toda a diferença. “Quando lidamos com câncer, é sempre uma corrida”, afirma Lukas Wartman, diretor assistente de genômica do câncer no McDonnell Genome Instituto, da Universidade de Washington em St. Louis. “Infelizmente, traduzir resultados sequenciamento genômico do câncer em potenciais opções de tratamento leva semanas com uma equipe de especialistas para analisar apenas o caso de um paciente para guiar decisões de tratamento, e o Watson pode reduzir esse tempo dramaticamente”, explica ele no World of Watson, evento realizado pela IBM para discutir o potencial de seu supercomputador. A IBM não espera, no entanto, que o computador se torne o médico, roubando o trabalho dos profissionais do ramo. A intenção é que ele opere como um colega capaz de sugerir tratamento adequado para os diversos tipos de câncer. Fica a critério do médico decidir se a sugestão é adequada. A tendência é que o Watson melhore seu trabalho de diagnóstico ao longo do tempo, já que ele foi programado para aprender e melhorar conforme o volume de dados inseridos nele aumenta. Assim, ao longo do tempo, quanto mais instituições o utilizarem, mais preciso ele tende a ser. Há desafios para chegar lá, no entanto. Processar dados não estruturados, como imagens de tumores e notas de oncologistas é mais complexo do que dados estruturados. Os médicos não devem precisar ser programadores para conseguir extrair as informações necessárias, algo que a IBM também já pensa. Também há o aspecto humano: é necessário que os pacientes deem o aval para iniciar o tratamento sugerido pelo computador.
Fonte: olhardigital

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