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Fóssil Lucy ganha homenagem em Doodle de seus 41 anos de descoberta

O 41º aniversário da descoberta do fóssil Lucy é o tema do Doodle Google desta terça-feira (24). O esqueleto doAustralopithecus afarensis foi encontrado em 1974 pelo antropólogo Donald Johnson e o estudante Tom Gray durante escavações na Etiópia, no deserto do Triângulo de Afar. O alto grau de conservação da ossada espantou os arqueólogos. Após os pesquisadores constatarem que o fóssil de 3,2 milhões de anos pertencia a uma mulher, batizaram-no de Lucy em homenagem à música dos Beatles chamada Lucy in the Sky with Diamonds que, segundo relatos, estaria tocando no momento das escavações e nas comemorações após a descoberta. Lucy está em exposição no Museu Nacional da Etiópia, na capital etíope Addis Abeba. O nome do fóssil em latim, Australopitecus Afarensis, significa "pequeno macaco sulista de Afar" em tradução aproximada e faz referência ao local em que foi encontrado além do tamanho estimado da primata, que tem por volta de 1,20m. Réplicas do esqueleto podem ser encontradas também no Museu de História Natural de Cleveland e no Field Museum, de Chicago. Ambos nos Estados Unidos.

O Doodle

“Lucy in the sky with diamonds” parece ter inspirado também o Doodle que o Google fez em homenagem à descoberta. Afinal, as letras do nome da empresa têm uma cor com o tom no melhor estilo “diamante”. No meio, há uma animação mostrando a evolução de um macaco para o homem como grande destaque. Lucy é a personagem do meio, que seria um Australopithecus afarensis de 3,2 milhões de anos. Seu crânio com tamanho intermediário entre o dos humanos e o dos chimpanzés é o que denomina a espécie de “Australopithecus”, que significa “macaco do sul”. Eles são bastante próximos dos hominídeos do gênero “Homo” na escala de evolução. 

A descoberta de Lucy

O geólogo francês Maurice Taieb foi quem iniciou o projeto de exploração na Etiópia, em 1972. Ele criou um grupo de pesquisas que foi em busca de fósseis e artefatos relacionados à origem do ser humano. Após quase um ano, o antropólogo americano Donald Johson reconheceu um fóssil da extremidade superior da tíbia em uma das escavações. Posteriormente, encontrou-se também uma extremidade inferior de um fêmur. A união das partes indicava que elas pertenciam a um hominídeo que andava ereto. Estimou-se que eles teriam mais de três milhões de anos, ou seja, seriam mais velhos do que quaisquer outros fósseis conhecidos. Foi isso que motivou uma busca ainda mais intensa na região. Um ano depois, a cerca de dois quilômetros e meio dali, a equipe, na segunda temporada de campo, encontrou Lucy. Donald Johanson e o estudante de pós-graduação Tom Gray, do Texas, pegaram o carro e foram explorar o local. Pararam em um pequeno barranco e viram um fragmento de osso de braço. Então, se dedicaram a explorar o local e fizeram a grande descoberta de suas vidas. Encontraram um fragmento da parte de trás de um crânio, uma parte do fêmur, vértebras, uma parte da pélvis (que indicava o sexo feminino do fóssil), costelas e pedaços da mandíbula. Depois de toda a exploração, 40% do esqueleto de um hominídeo foram recuperados, um feito surpreendente no mundo da antropologia, já que normalmente encontra-se apenas pequenos fragmentos deles. Johanson considerou que o espécime era do sexo feminino, baseando-se no osso pélvico e sacro completos indicando a largura da abertura pélvica. Lucy tinha apenas 1,1 metros (3 pés 8 polegadas) de altura, pesava 29 kg (65 lb) e se parecia de certa forma com um chimpanzé comum. Entretanto, embora a criatura tivesse um cérebro pequeno, a pélvis e ossos das pernas eram quase idênticos aos dos humanos modernos. 

Fonte: techtudo

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