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Inteligência artificial poderá diminuir roubo de eletricidade no Brasil.

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Luxemburgo desenvolveu um software com inteligência artificial capaz de identificar com 65% de precisão problemas de leitura em medidores de consumo elétrico. Em outras palavras, o programa consegue perceber quando a medição do “relógio de energia” de uma casa ou estabelecimento está abaixo do esperado. A ideia é diminuir a quantidade de fraudes relacionadas à adulteração de equipamentos de medição e também da rede elétrica. O software da universidade em questão foi treinado com dados de medidores coletados em 3,6 milhões de lares brasileiros durante cinco anos. Com isso, o software pôde ser treinado para identificar quedas bruscas ou graduais no consumo de eletricidade. Usando uma ferramenta como essa, empresas públicas e privadas que trabalham com a distribuição final de energia poderão diminuir as perdas. Em teoria, aumentar a eficiência das redes dessa forma pode tornar a operação mais barata e, consequentemente, diminuir o custo para o usuário. Estima-se que, em média, o Brasil desperdice 22% de toda energia gerada no país com fraudes desse tipo. Ou seja, um quinto de toda a eletricidade que produzimos é roubada de alguma forma quando chega às redes de distribuição ao cliente final. O problema é ainda mais grave em países como a Índia, onde em 2016 a média estimada foi de 31%. Segundo os pesquisadores, esse mesmo tipo de problema também acontece em países mais ricos, sendo que fraudes foram responsáveis por uma perda estimada em £440 milhões no Reino Unido no ano passado. Ou seja, a terra da rainha ficou no prejuízo em R$ 1,8 bilhão por um problema relativamente comum no Brasil. Uma empresa chamada Choise Technologies agora pretende oferecer essa tecnologia com inteligência artificial para distribuidoras de eletricidade em todo o Brasil e na América Latina para aumentar a eficiência de suas redes. Para implementar isso e outros recursos no nosso país, a Eletrobrás está financiando o projeto Energia+ com US$ 700 milhões vindos do Banco Mundial.

Fonte: tecmundo

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