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Pesquisadores usam ressonância magnética para imprimir modelo de coração 3D.

Pesquisadores do MIT e do Hospital Infantil de Boston, Estados Unidos, desenvolveram um sistema que se baseia em ressonâncias magnéticas (MRI) do coração de um paciente para, em apenas algumas horas, convertê-las em um modelo tangível e físico. O objetivo é que tais modelos podem ser usados para planejar previamente uma cirurgia. Criar modelos tridimensionais impressos de órgãos humanos e vascularizados não é algo novo. No entanto, o novo algoritmo permite um ganho sem precedente em velocidade para agilizar todo o processo, garantiram os pesquisadores. O novo procedimento também aumenta a precisão das ressonâncias, de acordo com os pesquisadores. O sistema de modelagem foi criado pelo físico Medhi Moghari, do Hospital Infantil de Boston e Andrew Powell, um cardiologista no mesmo hospital, que liderou os testes clínicos. No passado, pesquisadores usaram modelos impressos identificando manualmente os limites das ressonâncias magnéticas. Mas a tarefa era árdua, e exigia cerca de 200 cruzamentos para chegar a uma certa precisão e levava de oito a 10 horas. Uma ressonância magnética é constituída por uma série de secções transversais de um órgão. Cada cruzamento contém regiões de sombra e luz; são os limites entre a luz e a sombra que podem indicar que há arestas de estruturas anatômicas. Ou a ausência delas. Este tem sido um dos principais problemas ao usar ressonâncias para produzir modelos 3D – ou seja, ter um computador para determinar os limites entre objetos distintos. Os algoritmos de proposta geral, usados para criar os modelos tendem a não ser confiáveis o suficiente para produzir modelos precisos que cirurgias requerem. Há também outros métodos para criar modelos impressos, mas eles também levam várias horas. Por exemplo, o modelo Solidscape Max2 3D printer, que combina uma impressora de fabricação de filamentos fundidos, é usado pela área médica para 'transformar' ressonâncias em modelos 3D para cirurgiões estudarem aneurismas antes de realizar uma cirurgia. O sistema leva 10 horas ou mais para imprimir. Assim como modelos anteriores, o novo método fornece um modo mais intuitivo para cirurgiões acessarem o coração de pacientes e se prepararem para idiossincrasias anatômicas. Danielle Pace, estudante graduado pelo MIT em engenharia elétrica e ciências da computação, foi o primeiro autor da pesquisa em sistema de modelagem 3D e liderou o desenvolvimento do software que analisa as ressonâncias. O novo método inclui um especialista que aponta os limites de uma imagem de ressonância magnética em algumas das seções transversais; os algoritmos de computador assumem a partir daí. Segundo os pesquisadores, os melhores resultados surgem quando eles solicitam ao especialista para segmentar apenas uma seção do coração, o que corresponde a um nono da área total de cada corte transversal. “Eu penso que se alguém me dissesse que eu conseguiria segmentar o coração todo em oito partes a cada 200, eu não teria acreditado”, disse Polia Golland, professor de engenharia elétrica e ciências da computação no MIT. “Foi uma surpresa para nós”. O processo de utilização de um especialista para segmentar amostras e a geração de algoritmos para criar um modelo digital 3D do coração leva cerca de uma hora. O processo de impressão 3D leva mais duas. Neste semestre, sete cirurgiões cardiologistas do hospital vão participar de um estudo que tem como objetivo avaliar o uso dos modelos.

Fonte: idgnow

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